sábado, 5 de junho de 2010

Em um dia de verão


Talvez eu esteja errada, nem tudo precisa ser depressão. Hoje poderia ser um arco-íres, com direito a pote de ouro no final. Poderia me permitir sonhar e pensar que faço diferença no mundo. Poderia deixar todo este pessimismo, este suicídio, e me alienar só um pouquinho. Poderia fingir que não sei o que acontece com meu país, com meus vizinhos, com meus amores perdidos. Eu poderia ser o mais perfeito protótipo de comercial de margarina e dar aquele sorriso de professora velha e cínica pra vida. Sim, eu poderia achar que o que escrevo, quando eu morrer é claro, mudará o mundo. Chocará a alguns, despertará outros, inspirará ainda outros mais... Mas eu não sou pretensiosa, finjo ser modesta pra que não me odeiem, mas não sou pretensiosa! Pode até ser um tipo de espírito neo-revolucionário meio antigo demais, porque hoje tá fora de moda tomar a peito as grandes questões existenciais. Porém está na moda ser fora de moda, então acho que me encaixo aí. Mas isso tudo é tão batido, ah eu vou dormir... Não preciso mais falar sobre isto. Eu vou escrever é sobre amor que é coisa inédita! Vou escrever também sobre pais e filhos. Vou falar do oceano e das flores, das nuvens e das estrelas, e de tudo que há no céu. Eu quero me aliviar!!! Se você quiser também toma um...

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